Há alguns meses lançávamos no ar a pergunta: a OMA é a Organização da Mulher Angolana ou a Organização das Meretrizes da Angola do MPLA? Essa dúvida baseava-se no facto de, entre muitos outros casos, Laurinda Gouveia ter sido brutalmente espancada numa esquadra da “Pulhícia” do MPLA, as zungueiras de Luanda e arredores serem selvaticamente abusadas e a OMA optar por um silêncio cúmplice.
Por Domingos Kambunji
A realidade demonstra que a OMA é mais a segunda designação do que a primeira. A OMA serve para servir os homens que estão no poder do MPLA, não para defender os direitos das mulheres angolanas.
Nessa mesma ocasião questionávamos se Ângelo Veiga desempenhava as funções de Ministro do Interior ou de Ministro do Interror e se Rui Mangueira era Ministro da Injustiça e dos Direitos Desumanos? É fácil perceber qual era e é a função exercida, entre muitos outros, por este dois monangambés de José Eduardo dos Santos e de João Lourenço.
O MPLA diz ser um partido político defensor do socialismo democrático, da justiça social, do humanismo, da liberdade, da igualdade e da solidariedade… entre muitas outras falácias “megafoneadas” pelos charlatães do poder.
O Ministro da Propaganda e Educação Patriótica, João Melo, “ex-concubina” de José Eduardo dos Santos e actualmente “amante” de João Lourenço, e a sua bengala, Celso “Malavomoleque” já estão quase roucos de tanto gritarem, aos quatro ventos, que lutaram e lutam pela defesa desses valores do socialismo democrático, da justiça social, do humanismo, da liberdade, da igualdade e da solidariedade, da liberdade de informação…
Enquanto estes bocas de aluguer, cúmplices de crimes praticados pelo poder do MPLA, insistiam em continuar nessa ecolalia, multiplicavam-se, em progressão geométrica, as acusações e condenações nos tribunais do MPLA contra jornalistas honestos, por dizerem a verdade sobre a ditadura e as arbitrariedades praticadas a mando de José Eduardo dos Santos e seus capangas.
Entre outras vítimas dessa prepotência, queremos lembrar as condenações nos tribunais da presidência da Re(i)pública do Rafael Marques e do William Tonet.
A vida dos angolanos que não pertencem à oligarquia do MPLA não tem valor ou possui um valor muito residual. São famosos os casos em que os familiares de cidadão mortos pela “pulhícia” do MPLA foram indemnizados com sacos de fuba e feijão, garrafões de óleo e um caixão completamente “grátis”…
É esta a justiça praticada por um país que quer ser respeitado internacionalmente? Esta irracionalidade só pode provocar vómitos de muito nojo!
O candengue Rufino António foi fuzilado em Luanda. Um tribunal presidencial condenou as consequências do “socialismo democrático sanzaleiro”, não as causas. Os principais dirigentes do MPLA, que emitem ordens superiores de repressão e muita injustiça, ficaram todos inocentes e nem sequer foram convidados, em nome e defesa do “socialismo democrático” a sentarem-se no banco dos réus. Os condenados nesse processo foram os mandados, não os mandadores.
No final da semana passada morreu em Luanda, o cidadão João Alfredo Dala. Esta morte é uma consequência de graves ferimentos causados por uma sessão de 15 horas de tortura, desencadeada em 2016, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Que merda de Estado é este que para obter confissões ou para facilitar falsas auto-acusações recorre à violência física, praticada por cangaceiros do MPLA? Num país civilizado esses carrascos seriam condenados a pesadas penas de cadeia, na Angola do MPLA são considerado patriotas.
É este o sistema politico do “socialismo democrático” que berra, aos quatro ventos, exigindo que seja respeitado internacionalmente? Essas atitudes e comportamentos só podem promover nojo, muitos vómitos de repulsa.
Enquanto estas fatalidades se espalhavam por todo o território de Angola, o actual Ministro da Propaganda e Educação Patriótica, João Melo, publicava opiniões, demonstrando estar muito ofendido, por estar a ser desrespeitada a imunidade cleptocrática de Manuel Vicente e escrevia, sugerindo contra-manifestações, para desacreditar e derrotar as manifestações em defesa da justiça e dos direitos humanos. Esse servilismo valeu-lhe a promoção a Ministro da Situação, a comandante-chefe da Demagogia.
João Lourenço, agora presidente da Angola do MPLA e do MPLA, nesse período, exercia as funções de Ministro da Defesa da Cleptocracia.
Acreditar que estes jacarés de aves de rapina se metamorfosearam para se transformarem em pombas é o mesmo que crer que a melhoria socio-económica de Angola irá ser tão galopante que haverá necessidade de mudar Angola para a América do Norte, Ásia ou Europa, para ficar localizada entre os países mais desenvolvidos.